Serviços na cloud, marketing digital ou redes sociais. Os empresários do turismo estão cada vez mais conscientes da importância do digital para o crescimento dos seus negócios, mas pedem incentivos para quem investe. Por exemplo, a criação de um benefício fiscal que compense o investimento em inovação ou um apoio à formação de colaboradores na área digital, perante uma dificuldade em contratar quadros específicos.
Este tipo de apoios, diz Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal, “são fundamentais e irão contribuir para a valorização do turismo. São duas áreas que a CTP tem vindo a defender e a debater-se por elas para que a oferta turística seja cada vez mais qualificada”.
Numa indústria cada vez mais jovem e em que o aperto financeiro parece ter passado à boleia dos recordes de turistas e dormidas, a CTP realizou um inquérito em parceria com a NOVA IMS para “perceber qual o patamar em que estão as empresas no que respeita à transformação digital e inovação”.
O resultado, mostra que só no ano passado 41% do universo de empresas de turismo investiu em inovação, num panorama global em que 72% das empresas dizem que já investiram.
A maioria das empresas tem privilegiado áreas como cloud services (74%), marketing digital ou de melhoria das redes sociais (ambos com 65%), ferramentas consideradas cada vez mais importantes para a divulgação de serviços e ligação ao público.Numa indústria onde foi detetada uma diferença no grau de maturidade digital das empresas, a hotelaria é o setor dentro do turismo com maior grau de desenvolvimento tecnológico.
Por outro lado, quando considerada a perceção das empresas, relativamente a um ideal de maturidade digital, a maioria (59%) considerou estar em fase de desenvolvimento, 31% em maturidade e apenas 9% em estado precoce. “Os resultados demonstram que existem estados de maturidade muito diversos em termos da transformação digital, sendo de destacar que é consensual a convicção de que a inovação nesta área impacta positivamente na criação de valor”, diz Carlos Reis Marques, um dos investigadores da Nova IMS responsáveis pelo estudo.
Embora haja uma maior consciência em relação às tecnologias, 19% das empresas consultadas reconheceram não estar a investir em tecnologias digitais. E a escassez de recursos humanos disponíveis e com competências nesta área foram as razões apontadas pelos empresários. A falta de apoios também é apontada pelos empresários, que pedem um impulso para um turismo 4.0.
Entre as sugestões de apoios que poderiam beneficiar este setor, além do benefício fiscal e apoio à formação, é ainda apontado o apoio às atividades de inovação digital; o apoio na aquisição e utilização de tecnologias digitais; maior flexibilidade no relacionamento com os serviços da administração pública, por via do digital; e incentivos ao associativismo como forma de criar valor global no setor.
Fonte: Dinheiro Vivo.PT
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