O coronavírus COVID-19 continua a ter impacto a nível mundial, inclusive nos funcionários das gigantes tecnológicas norte-americanas. Primeiro foi o Facebook (que já tinha cancelado o seu evento anual F8) e o Twitter a anunciarem que não vão marcar presença no South by Southwest (SXSW), um festival de cinema, música e tecnologia que acontece na primavera em Austin, no Texas. Em causa estão “preocupações relacionadas com o coronavírus”.
Agora, foi o Twitter e a Google a pediram aos seus funcionários para trabalharem de casa, pelo menos para já.
No caso Twitter, a rede social fez o anúncio num post no blog da empresa, indicando que no caso dos funcionários de Hong Kong, Japão e Coreia do Sul era mesmo obrigatório que trabalhassem de forma remota – o chamado teletrabalho. A empresa também está a “encorajar fortemente” todos os seus 5 mil funcionários em todo o mundo – a maioria nos EUA – a aderirem ao trabalho remoto, isto um dia após a empresa ter banido todas as viagens de negócios e eventos não essenciais para os funcionários. Jennifer Christie, diretora de recursos humanos do Twitter explica: “O nosso objetivo é reduzir a probabilidade de disseminação do coronavírus Covid-19 para nós – e para o mundo ao nosso redor”. A publicação também destaca que a rede social já vinha a desenvolver maneiras de trabalhar em casa há algum tempo. Ou seja, embora estas restrições “sejam uma grande mudança”, já estávamos a caminhar para uma força de trabalho mais distribuída e cada vez mais remota”. A medida permite “que qualquer pessoa, em qualquer lugar, trabalhe no Twitter”. O CEO do Twitter, Jack Dorsey, há muito é que um conhecido apoiante do trabalho remoto e, em novembro, anunciou inclusive planos para viver em África durante seis meses em 2020 – curiosamente, Dorsey, que tem sido criticado na sua gestão da rede social, foi hoje apoiado por Elon Musk.
Já a Google anunciou hoje o mesmo tipo de medidas, mais focadas nos escritórios de Dublin, na Irlanda, onde trabalham 8 mil funcionários na sede europeia da empresa. Esta terça-feira todos eles receberam a indicação para trabalharem de casa após um dos colaboradores ter sido diagnosticado com sintomas suspeitos de coronavírus. A medida é de precaução e, para já, terá a duração de um dia até existirem mais dados sobre o tal funcionário. Outras empresas tecnológicas como a Coinbase têm seguido o mesmo caminho. “Continuamos com medidas de precaução para proteger a saúde e segurança da nossa força de trabalho”, indica um porta-voz da Google à Business Insider. A medida é semelhante às medidas adotadas por muitas empresas na Ásia à medida que o vírus varre a região, mas vai além da maioria das grandes empresas americanas, ao ponto do próprio governo português sugerir o teletrabalho às empresas em território nacional. Entretanto, a operadora de telecomunicações A&T e o gigante bancário Citigroup, restringiram as viagens internacionais, especialmente para a Ásia.
Fonte: Dinheiro Vivo.PT
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