Em termos de comunicação, a transformação digital permitiu introduzir um leque variado de ferramentas através das quais trabalhadores remotos, freelancers e colaboradores “tradicionais” podem conectar-se em tempo real, contribuindo para a destruição das barreiras geográficas que se impunham há décadas atrás. Atualmente, um pool de talento pode ser o mundo inteiro!
A função de RH, que era tradicionalmente focada na gestão administrativa, detém cada vez mais uma crescente responsabilidade no aumento do desempenho global da Organização, participando e colaborando ativamente como um verdadeiro parceiro do negócio.
A transformação digital tem vindo a acelerar essa tendência, causando um impacto profundo nas empresas e nos departamentos de gestão de pessoas. Da forma como a informação é movimentada e armazenada, ao modo como os novos talentos são recrutados, várias são as áreas de atuação que se tornaram mais eficientes e produtivas.
A partir de aplicações móveis, videoconferências ou até redes sociais próprias da empresa, tornou-se possível participar numa reunião sem se estar fisicamente presente, receber mensagens de forma instantânea e alocar e gerir tarefas em tempo real.
Por outro lado, através da automatização de processos, a transformação digital veio permitir potenciar a produtividade das equipas. Esta tendência tem vindo a ocupar um lugar cada vez mais importante nos departamentos de gestão de pessoas, na medida em que liberta os colaboradores de tarefas de baixo valor acrescentado, standardizadas e repetitivas (relacionadas, por exemplo, com o processamento salarial, gestão de ausências, tarefas da gestão de desempenho etc.), e permite que estes se foquem em áreas mais complexas de tomada de decisão e planeamento estratégico.
Uma das potenciais utilizações da automatização consiste na possibilidade de identificar, fazendo uso de Big Data e da Inteligência Artificial, os melhores talentos para uma determinada função, mas também identificar as áreas em que cada colaborador poderá acrescentar maior valor.
Adicionalmente, com o advento de um mundo de trabalho mais digital, surgiu também a necessidade de desenvolvimento de competências digitais (técnicas e comportamentais), essenciais para que tanto as empresas como as pessoas possam acompanhar o ritmo acelerado desta nova realidade. Competências relacionadas com o Marketing Digital, o pensamento crítico, a pesquisa e a análise de dados, segurança e privacidade, utilização de plataformas e ferramentas digitais, o desenvolvimento de lideranças colaborativas e digitais e a capacidade de adaptação têm vindo a ganhar relevância no mercado de trabalho.
As novidades que surgem com a transformação digital não se refletem apenas na forma como as empresas recrutam e desenvolvem talento, mas também na forma como as diferentes áreas, e também os departamentos de Recursos Humanos, exercem as suas funções.
Há muito que as folhas de Excel ou os formulários em papel deixaram de ser a norma, dando lugar a sistemas de gestão integrados e a ferramentas que permitem quantificar, por exemplo, o custo da perda de um talento ou o nível de rotatividade dos funcionários de forma rápida e confiável.
Neste contexto, ao influenciar a forma como a força de trabalho comunica, como os processos são melhorados e como os talentos são captados, a transformação digital veio também impactar a própria experiência de trabalho dos colaboradores, possibilitando, por exemplo, um acesso a informação em tempo real e em qualquer lugar, o trabalho remoto, o aumento da produtividade, ou a participação em projetos com equipas globais.
Torna-se, desta forma, e cada vez mais, evidente que a transformação digital é já uma realidade e parte integrante da estratégia das empresas, transformando não só a forma como se trabalha, mas também como é feita a gestão de pessoas dentro de uma Organização, e trazendo consigo inúmeros benefícios, mas também vários desafios, que devem ser geridos de forma ágil e clara.
A Transformação Digital passou de uma opção de gestão para um imperativo de sobrevivência.
Fonte: Pessoas.Eco.PT
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