O novo consumidor online faz as compras sem pensar em canais. O importante é que “lhe dê alguma vantagem, lucro, desconto, ou melhor serviço”, garante Wijnand Jongen.
“O novo paradigma de compras consiste numa mistura e entrelaçamento entre o online e offline. As pessoas podem viver as suas vidas 24/7 por dia de uma forma online, por isso, vemos cada vez mais o que eu chamo as férias online da sociedade. O online e o offline vivem juntos, vive-se a vida online e offline, mas está tudo misturado. Claro que os consumidores não dizem que hoje vão fazer uma compra online e amanhã compras numa loja física, em ambas procuram boas experiências e fazer compras”, resume Wijnand Jongen, presidente do E-commerce Europe, que esteve como key-speaker no Portugal Digital Summit, em que foi lançado o seu livro, “Fim das Compras Online”, editado pelo Público.
Isto passa-se na comunicação em que, por exemplo, na vida familiar se mistura o offline e o online: “se quiser seguir os filhos, os netos, o melhor é no Facebook, no Instagram para conseguir ficar em contacto”.
O novo consumidor online é o que faz as compras sem pensar em canais, faz a jornada de cliente e opta pelo que seja mais fácil, mais cómodo e que “lhe dê alguma vantagem, ou lucro, ou desconto, ou melhor serviço. Os consumidores online são não apenas a geração mais nova, mas todas as gerações”, garante Wijnand Jongen, fundador e CEO da associação holandesa de comércio eletrónico, Thuiswinkel.org.
A batalha global
Na sua opinião a tecnologia é cada vez mais importante no processo de compra, que já tinha um papel no passado. Considera que se “a tecnologia é a base dos novos comportamentos dos consumidores, mas estes têm sempre a possibilidade de fazer escolhas. Portanto, a tecnologia é um facilitador, torna possível, mas somos nós enquanto consumidores que decidimos se vamos a uma loja ou compramos online”, assinala Wijnand Jongen.
Um dos temas que mais preocupa Wijnand Jongen é a situação estratégica da Europa na grande batalha global de comércio eletrónico, com a China e os Estados Unidos. “Das 200 maiores marketplaces e plataformas do mundo, 160 vem dos EUA, 25 vêm da China e 5 a 10 são da Europa. “Estas tech players estão a entrar na Europa, portanto esta tem de criar vantagens competitivas para as suas empresas em relação às chinesas e americanas”. Acrescenta que “tem de se fazer alguma coisa ao nível político e de legislação, para se criar um terreno de jogo equilibrado para as empresas europeias competirem com as suas rivais”.
Alerta para a situação das pequenas e médias empresas europeias, que jogam a sua sobrevivência neste gigantesco tabuleiro. “Para as pequenas e médias empresas, as oportunidades estão em perceber que ainda podem sobreviver, se começarem a trabalhar em conjunto, a cooperar, a criar joint-ventures, marketplaces próprios. Se todos continuarem a fazer o que fazem e sozinhas, a probabilidade é que vai ser muito difícil sobreviver”.
Fonte: Jornal de Negócios – PT

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